As diferentes tecnologias em módulos fotovoltaicos

Confira quais são as principais tecnologias em módulos fotovoltaicos existentes no mercado.


módulos fotovoltaicos

Na hora de fechar um contrato com o cliente, é essencial avaliar com cautela qual tipo de equipamento utilizar para a instalação. Entre os módulos fotovoltaicos, existem diversas tecnologias que atenderão a necessidade de cada obra.

Cada tipo de módulo possui características que impactam diretamente na geração de energia e nos processos de manutenção. Portanto, é fundamental entender qual a diferença entre ambos. 

Bárbara Rodrigues, sócia da Ideia Energia Solar, explicou para o blog da SolarZ quais as diferenças entre os tipos de módulos fotovoltaicos. Bem como, a forma de evitar problemas com esse equipamento durante e após a instalação. Confira!

Quais são as principais tecnologias em módulos fotovoltaicos existentes no mercado?

costumavam questionar qual tipo de módulo seria utilizado na instalação, como o monocristalino ou policristalino, pois muito se falava na diferença entre ambos. 

Contudo, essa é uma pergunta que quase não se escuta atualmente, porque o monocristalino vem dominando o mercado, por ser um material de maior qualidade. Hoje também possuímos diversas tecnologias desenvolvidas para otimizar os módulos de silício monocristalino.

Temos os módulos bifaciais muito similares aos módulos tradicionais, mas diferente deles, possuem células fotovoltaicas com duas faces. De um lado, é absorvida a energia radiante, em que os raios incidem diretamente sobre o material. Do outro lado, é absorvida a luz refletida do solo.

Os módulos Full Screen têm uma tecnologia patenteada da marca chinesa DAH. Como afirma a própria marca, estes módulos são mais bonitos, elegantes, de manuseio facilitado e ainda entregam menos perdas de geração. Bárbara afirma que essa tecnologia já foi utilizada em algumas instalações da Ideia, que possui uma geração mais otimizada.

Um dos principais fatores de perda e de custo de manutenção num sistema fotovoltaico é a sujeira que se acumula sobre os módulos. Um módulo chega a perder 6% de eficiência de geração a partir da sujeira que se acumula, principalmente a partir de suas bordas. Esse tipo de módulo vem ao mercado para revolucionar isto, pois tem a superfície plana em suas bordas, facilitando o escoamento da água e, assim, inibindo o acúmulo de sujeira.

E agora estão chegando ao mercado os módulos com células N-Type (ou tipo N). N-Type são os módulos fabricados com células mais eficientes. A forma como estas células são fabricadas fazem com que elas consigam superar pequenas impurezas que levariam a maiores perdas. Na Ideia utilizamos em alguns projetos os módulos N-Type de 470W ou 565W da Jinko.

O que o integrador deve avaliar ao escolher um tipo de módulo fotovoltaico?

Essa é uma questão que envolve inúmeros fatores, mas em linhas gerais, devemos nos atentar ao custo-benefício de um módulo para o sistema. Por exemplo, em um projeto pequeno, que utilizará microinversores, é interessante utilizar módulos de maior potência para diminuir a quantidade de microinversores utilizados.

Para Bárbara, é interessante que não haja um engessamento quanto à padronização da potência do módulo. Isso é avaliado de acordo com cada usina. E tudo precisa ser bem pensado para oferecer um custo-benefício, e um preço competitivo. 

A depender do tamanho do sistema de solo, é preciso analisar o tamanho de módulos que serão utilizados, tendo em vista que quanto maior esse módulo, maior a sombra gerada e maior o espaço que necessário entre as fileiras.

Quando falamos em espaço utilizado, nem sempre a opção por módulos de maior potência significará uma otimização de espaço, tendo em vista que, se dois módulos de potências diferentes (como 450W e 550W) tiverem o mesmo nível de eficiência, por exemplo 21,3%, o espaço utilizado por ambos em metros quadrados será muito similar.

O que pode afetar diretamente a eficiência dos módulos fotovoltaicos?

Muitas empresas instalam sem nenhum tipo de estudo, sem analisar os fatores que podem prejudicar a geração do projeto. Mas isso é um grande risco. A Ideia é bastante criteriosa ao avaliar o que pode prejudicar um projeto no futuro.

Portanto, antes da instalação, são avaliados fatores que podem prejudicar no desempenho da usina, como o sombreamento, por exemplo.

Além disso, é preciso fazer uma instalação seguindo à risca todas as normas. Na visão de Bárbara, também é preciso atentar quanto à escolha de módulos. Os policristalinos devem ser ignorados, pois terão um desempenho bem limitado quando expostos em condições que não sejam 100% ideais, como um dia com nuvens.

Quais são os principais motivos que levam à danificação dos módulos?

No geral, os módulos são bem resistentes. Grande parte dos danos ocorridos geralmente está nos processos de transporte e instalação. Depois de dispostos sobre o telhado, dificilmente você terá um dano.

Mas falando em instalação, quando esta não é feita da forma adequada, utilizando ferramentas e estruturas de fixação recomendadas pelas autoridades do setor, isso pode acarretar danos aos módulos.

No telhado não há grandes preocupações. Porém, a chuva de granizo, por exemplo, que acontece em algumas regiões do Brasil, é algo que pode danificar os painéis.

A preocupação em usinas de solo está nas proximidades com animais, como o gado, por exemplo, que podem se aproximar e danificar. Bem como, com a parte técnica, como o aterramento, para minimizar as chances de acontecer algum problema.

Qual a melhor forma de evitar sinistros ou o rápido desgaste dos painéis?

Bárbara afirma que é importante evitar a instalação em locais expostos a riscos de danos e desgastes claros, como à beira de chaminés ou exaustores. Quando instalado em solo, deve-se evitar locais que tenham a circulação de animais de maior porte, principalmente ovinos e bovinos, pois podem com um simples esbarrão acabar danificando os módulos. 

Ela cita o exemplo de um cliente que tinha um telhado norte voltado para rua, porém esse era bem baixo e na frente da casa dele era um lugar que as crianças utilizavam para brincar, por ser uma rua calma. Ao perceberem esse detalhe, a equipe da Ideia alertou o cliente, que optou por instalar um sistema um pouquinho maior, em um telhado leste, para evitar qualquer risco de impacto de bolas, pedras ou qualquer outro objeto.

A Sócia da Ideia também acredita que um dos principais focos para evitar grandes problemas no sistemas é o monitoramento. É por meio dele que você consegue detectar qualquer falha existente no sistema.

Por fim, ela afirma que é importante fazer as manutenções preventivas regulares: com a limpeza adequada dos módulos, utilizando produtos e materiais que não ofereçam danos aos módulos; verificação do torque das estruturas de fixação e verificação das conexões dos MC4 de cada módulo.

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